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Michel Temer assumiu a presidência do Brasil em 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff. Com o país passando por uma das piores crises econômicas de sua história, a expectativa era alta em relação a quais medidas seriam tomadas para reverter a situação.

Durante sua gestão, Temer adotou uma série de políticas econômicas no intuito de ajudar o país a sair da crise. Algumas das principais iniciativas foram as reformas trabalhista e previdenciária, o teto de gastos e a venda de ativos estatais.

A Reforma Trabalhista, implementada em 2017, teve como objetivo flexibilizar a legislação trabalhista, tornando-a mais moderna e adaptável à realidade do mercado de trabalho. Algumas das mudanças incluíram a possibilidade de contratos de trabalho intermitentes, a redução do valor das multas trabalhistas e a possibilidade de parcelar o pagamento de férias e 13º salário.

Já a Reforma da Previdência, que só foi discutida e não chegou a ser aprovada, tinhas como objetivo mudar as regras para a aposentadoria e tornar o sistema previdenciário mais sustentável a longo prazo. Entre as mudanças propostas, estavam a idade mínima de aposentadoria e o aumento da contribuição previdenciária.

O Teto de Gastos, aprovado em 2016, limitou o aumento do gasto público do governo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano anterior. Isso teve como objetivo controlar o déficit fiscal do país e ajudar a equilibrar as contas públicas.

Além disso, o governo Temer incentivou a venda de ativos estatais, incluindo empresas de energia elétrica e aeroportos. Isso ajudou a reduzir o déficit fiscal e atrair investimentos estrangeiros para o país.

No entanto, apesar das reformas, o Brasil ainda enfrentou desafios em relação ao crescimento e investimento durante a gestão de Temer. O país saiu oficialmente da recessão no final de 2016, mas o crescimento econômico foi lento e não alcançou as expectativas.

Além disso, a taxa de investimento do país permaneceu baixa e abaixo da média dos países emergentes - uma situação que o governo tentou reverter com incentivos fiscais e outras medidas.

Apesar das dificuldades, algumas áreas da economia brasileira se saíram bem durante a gestão de Temer. O setor agropecuário, por exemplo, teve um bom desempenho em 2017 e 2018, impulsionado por uma safra recorde de grãos e boas condições climáticas.

Também houve um aumento nos investimentos estrangeiros no Brasil em 2017, embora isso tenha sido em parte devido a fatores externos, como uma recuperação na economia global e o sucesso de leilões de concessões.

Em resumo, as políticas econômicas adotadas pelo governo de Michel Temer tiveram como objetivo ajudar o Brasil a superar a crise econômica e atrair investimentos para o país. No entanto, apesar de algumas áreas de sucesso, os resultados gerais foram abaixo das expectativas. A reforma trabalhista e outros esforços para modernizar a legislação trabalhista e previdenciária, além de incentivar a venda de ativos e controlar o gasto público, foram importantes passos na direção certa, mas muito ainda precisa ser feito para permitir um crescimento sustentável e garantir uma economia florescente.